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GRACIOSA

Terceirense

Tipo de Sítio: Naufrágio
Localização: Graciosa > Santa Cruz > São Mateus da Praia
Zona: Porto da Praia da Graciosa
Cronologia: Século XX
Ano: 1969

Da Empresa Insulana de Navegação, afundou-se diante da Praia da Graciosa a 17 de janeiro de 1969. A construção do “Terceirense”, adjudicada pela Empresa Insulana de Navegação, data de 1949, construído nos estaleiros da Grangemouth Dockyard Co. Ltd., em Inglaterra, onde tinha já sido produzido o “Gorgulho”, para a mesma empresa. Nesse mesmo ano, a 20 de julho, realiza-se a sua viagem inaugural nos Açores, capitaneado por Francisco dos Santos Franco. Media cerca de 76 metros de comprimento, alçando 1295 toneladas, com capacidade para atingir 12 milhas de velocidade, suportar 28 passageiros e cerca de 3000 metros cúbicos de carga nos seus porões. O embate com um baixio, junto ao ilhéu do Carapacho, na madrugada de 17 de janeiro de 1969, levou a um rombo no porão inferior do navio que permitiu a entrada de uma grande quantidade de água na casa das máquinas. Enquanto se procurava utilizar as bombas de esgoto para esvaziar as seções inferiores do navio, este foi conduzido em direção ao porto da praia da Graciosa, para lá ser fundeado, visando salvaguardar o máximo de carga possível.

Notas de mergulho:

O naufrágio, localizado entre o ilhéu e a costa, permitiu ao “Terceirense” estar relativamente protegido, a cerca de 20 metros de profundidade, nas coordenadas 39º02’ 58.88 Norte e 27º57’42.80 Oeste. É possível observar uma boa parte dos vestígios originais do navio, salientando-se a sua imponente hélice na popa inteira, ainda bem preservada, assim como uma boa parte do casco. O navio encontra-se partido na zona central, no entanto, possui ainda abundantes destroços que permitem seguir as suas originais linhas.

Fotografias:
01. e 02. Terceirense, da Empresa Insulana de Navegação.
Crédito: Museu de Angra do Heroísmo
03. e 04. Mergulho no Terceirense.
Crédito: Nelson Arguelles
05. Mergulho no Terceirense.
Crédito: Hugo Marques
06. a 08. Roda do leme, hélice e proa do Terceirense.
Crédito: Direção Regional dos Assuntos Culturais
09. Terceirense.
Crédito: Fátima Mar