Grupo Ocidental

CORVO

Ecomuseu do Corvo / Casa do Tempo

Guarda o óculo do mais famoso pirata açoriano do século XIX.

Especialmente pela sua posição geográfica, pouco apetecível para a grande maioria dos navegadores, a ilha do Corvo tornou-se famosa por estar na mira de corsários, saqueadores e piratas, que procuravam abrigo nas suas encostas, faziam reféns e saqueavam casas. Com os desembarques sucessivos de intrusos, a bravura dos corvinos foi crescendo e acabou por prevalecer. Os habitantes terão negociado com os corsários e, em troca de proteção e dinheiro, forneciam-lhes água, alimentos e até homens, reparando os danos dos navios e tratando dos doentes. 
Mas a verdadeira resistência surgiu em 1632, após duas tentativas de desembarque de piratas na ilha, oriundos da Barbária no Norte de África, que se dedicavam a saquear, pilhar e incendiar povoações do ocidente europeu. A população uniu esforços e, arremessando pedras de basalto, conseguiu dissuadir os intrusos da tentativa de invasão. Diz a lenda que a padroeira Nossa Senhora do Rosário os ajudou de forma incansável, e que foi a responsável por desviar todos os tiros mandados pelos piratas, devolvendo-os em multiplicado para os barcos dos invasores.

Fotografias:
01. a 03. Monóculo do pirata Almeidinha
Crédito: CPMIA – Centro do Património Móvel, Imaterial e Arqueológico